quinta-feira, 27 de junho de 2013


Encontramos também uma entrevista com Morin disponível non site do Juremir Machado

Aprofundando alguns conceitos sobre Morin II

Verdades absolutas

Vivemos um tempo em que as certezas estão sendo questionadas diariamente, hoje o que é dado como certo amanhã pode ter outro significado ou ter um novo conceito agregado, fazendo cair por terra o conceito da verdade absoluta, em que descobertas cientificas derrubam crenças a cada dia, ou ainda mais simples, o modo como cada pessoa enxergara determinado fato será diferente, e portanto não será absoluto.
A forma como a sociedade está organizada, os costumes das pessoas, a nova geração, a utilização das redes sociais, das mídias e até mesmo a violência, interfere no modo das pessoas viverem e substitui as verdades de ontem e já estão com a data de validade expirando.

 

Aprofundando alguns conceitos sobre Morin I

Pensamento Complexo

 

Pensamento complexo se cria e se recria no próprio caminhar. Ele é diferente de pensamento complicado, pois o pensamento complicado é como um nó, que pode ser desembaraçado e torna a ser uma linha simples, enquanto que o pensamento complexo nunca será um simples conceito, ele é multidimensional. É uma ideia que não pode ser simplificada a um elemento único, é algo maior, mais completo, não que despreze o simples, mas o critica. Engloba tanto as partes quanto o todo, sem que seja possível separá-los. Como por exemplo o homem e a sociedade,  pois no homem estão características e influências da vida em sociedade, e na sociedade encontraremos os resultados das ações dos homens.

É um pensamento lógico, porém que compreende a imaginação que ultrapassa o horizonte lógico. Utiliza macro conceitos, associando conceitos antes separados e contraditórios visando ganhar em compreensão e criticidade, buscando uma concepção complexa da realidade.



 

Aprofundando alguns conceitos sobre Morin


Era planetária

        A era planetária desenvolveu-se através da colonização, e também da multiplicação das relações e interações e integrações entre as diferentes partes do globo. Ganhou força na época das grandes navegações e dos descobrimentos das terras, quando os povos começam a tomar conhecimento das outras populações existentes, começam a interagir entre si, além de trocar culturas, influências e costumes, começam também as exportações, um país a depender da agricultura do outro, que por sua vez necessita da mão-de-obra de um terceiro, que produz o que foi projetado do outro lado do mundo.

            O grande objetivo da educação nessa era planetária é “educar para o despertar de uma sociedade-mundo” (MORIN, 2003, p. 63), retomando a ideia do todo nas partes e das partes no todo, em que cada país completa o mundo e o mundo é formado pelos países.

            A urgência vital de educar na era planetária requer três reformas inteiramente interdependentes: uma reforma do modo de conhecimento, uma reforma do pensamento e uma reforma do ensino.


 

Um pouquinho das ideias de Morin..





Morin (2003) traz a ideia de educar para a era planetária
Educar nessa perspectiva significa também religar o conhecimento, produzir um conhecimento que não seja fragmentado, para ele é essencial conhecer o destino do planeta, contribuindo para que as pessoas sintam-se parte do planeta, dependentes dos outros povos e responsáveis pelos outros, convivam em harmonia e percebam a importância do cuidado com o ambiente, o que para Morin é perceber o todo na parte e a parte no todo.
Vivemos na era planetária, com as informações e o estilo de vida cada vez mais veloz. Os alunos são os sujeitos da era planetária, acompanham a evolução da tecnologia, possuem vários interesses, são conectados e estão imersos num mundo globalizado.
No livro Educar na era na planetária, o autor fala sobre o pensamento complexo,  que não está associado a complicado, mas a uma ruptura com o pensamento fixo. Refere-se àquilo que pode ser religado, fazendo uma relação com o que é ensinado na escola, com a sistematização do ensino e a divisão dos conteúdos.
Outra ideia do autor é a questão de a verdade não ser absoluta, pois depende do contexto em que está inserida, podendo ser verdade hoje e deixar de ser amanha, sendo superada por alguma nova descoberta que faça cair por terra a antiga, ou ainda dependendo do ponto de vista, pois cada indivíduo enxerga em determinada perspectiva, terminando com os dominadores da verdade e do poder.
Para o autor torna-se impossível educar fora do contexto mundial, da globalização e das necessidades globais, e que os alunos serão sujeitos que vão tratar com as questões do planeta. A educação necessita de sujeitos mais ativos na sociedade e compreensíveis com os atuais problemas da atualidade, a diversidade, inclusive no que diz respeito às questões ambientais.
O autor chama a atenção para a crise mundial e as incertezas que permeiam a vida contemporânea. A violência, as doenças, as agressões nos ambientes onde não pensaríamos, como as escolas, o culto ao mercado, os sistemas econômicos extremamente exploradores.
Olhar para esse pensamento, pensar junto, pode de certa maneira colaborar para possíveis questionamentos em relação à educação, mais precisamente sobre a forma como estamos conduzindo o processo de educação nas escolas. Com isso, podemos pensar sobre a forma como as disciplinas são divididas, sem que haja a menor relação de uma com a outra e buscar melhorias.
 
Referências
MORIN, Edgar. Educar na era planetária: O pensamento complexo como método de aprendizagem no e na incerteza. São Paulo: Cortez, 2003.
_____________ Os sete saberes necessários a educação do futuro. São Paulo: Cortez, 1999.
_____________ A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
SILVA, Juremir Machado da. Entrevista com Edgar Morin. Disponível em: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=1129 Acesso em: 6 jun. 2013.
Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=shOEPRPDZEY Acesso em: 6 jun. 2013.



Todos da turma receberam a tarefa de criar um blog, estamos todas nos esforçando.. Alguns já estão ganhando forma, como o da Roseni

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Seminário Integrador

Olá, esse blog é uma das atividades da disciplina "Seminário Integrador" do curso de Pedagogia da FACOS Essa disciplina trata do educar de forma rizomática, transdisciplinar. Propõe fazer hipertextos como uma atividade integrada. Eu e as colegas Cátia e Roseni fizemos um hipertexto sobre Edgar Morin, falando de alguns livros escritos por ele.
A professora orientadora da disciplina é Anilda Machado de Souza, que além de nos desafiar a avançar no campo da pedagogia também nos  apresenta as diferentes tecnologias e mais do que isso.. nos ensina a utilizá-las.